quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os filhos deste solo:Conheça a história de Maria das Mercês de Andrade Campos

Escrito por: Kleber Henrique
Resgatar um pouco da história de alguém ou mesmo de acontecimentos de uma época é algo sempre incompleto, pois, jamais se conseguirá reunir completamente as peças que formarão uma visão total; consegue-se apenas juntar pedaços significados e reveladores. Falar de alguém e de sua vida é ainda mais difícil, pois a essência maior de cada ser é singular e ímpar. Nas linhas a seguir falaremos de uma poetisa da terra que em vida deixou um grande acervo de sua obra, pois a poesia era sua parceira maior nos registros do que vivia. Poderíamos intitular a página: “SIMPLESMENTE MARIA”, mas decidimos nomeá-la com o nome dado pelo povo,pois acredito que a mesma acharia melhor esse titulo o qual vem abaixo e os leitores logo saberão o porquê.

As trincheiras da rua Alcedo Marrocos e o esquecimento coletivo

Escrito por: Daniel Ferreira
Segundo o site www.wikipédia.com.br em suas explanações sobre a I Guerra Mundial (1914-1918) uma trincheira é “um canal estreito e longo, escavado no solo, com a finalidade de proteger os soldados dos ataques de seus inimigos. Geralmente tem uma profundidade suficiente para ocultar completamente um homem de pé, abrigando-o do fogo inimigo. A trincheira é, essencialmente, um meio defensivo, cuja utilidade em si reside no deslocamento das tropas de forma dissimulada, possibilitando o seu posicionamento de forma a poder fazer fogo de uma posição protegida”.

Como vimos as trincheiras serviam como abrigo, um escudo quando os tiroteios começavam. O fato é que acredito estarmos nos preparando para uma grande guerra aqui em nossa cidade. E estamos quase certos de que os primeiros focos de resistência já iniciaram, e a rua Alcedo Marrocos está dando os primeiros passos nessa direção. Os treinamentos acontecem sempre em tempos chuvosos. Os moradores da rua armam barricadas nas portas de suas casas, atravessam rios de lama podre e objetos velhos que descem pela correntenza. Confesso que não é uma tarefa nada fácil. Muitos já desistiram do treinamento e se mudaram para outras ruas. Venderam suas casas ou alugaram. Tudo por conta dos treinamentos militares oferecidos pela prefeitura municipal que mais se assemelham ao treinamento do BOBE de tropa de elite.

Mas, assim como as duas Grandes Guerras Mundiais onde os países resolveram se armar até os dentes para enfrentar seus inimigos, aqui em São Vicente Férrer, a população também está se preparando na luta contra o mosquito da dengue. É carro de som nas ruas o dia inteiro, são os agentes de saúde tendo até que trabalhar nos dias de sábado, sem receber pelo menos um “extrazinho”; as escolas avisam dos perigos que o mosquito pode trazer à saúde do infectado, etc, etc, e etc. Não se fala em outra coisa, quer dizer... a morte de Izabella Nardoni também tem atraído a atenção de muita gente, inclusive sendo motivo de especulação por parte da mídia. Dissiminando nos telespectadores vicentinos um ódio extremamente irracional, que é o ódio estimulado pela própria mídia a pessoas que nem sabemos quem são. Confesso que a nossa mídia é muito competente, tao boa que consegue nos distrair com os casos dengue X Izabella dos nossos problemas reais, dos nossos problemas cotidianos, do que realmente vemos todos os dias ao sair de nossa casa. Mas parece que com o auxilio da midia brasileira nos esquecemos que moramos naquele lugar. Somos transportados para um mundo magico, um mundo de fanstasias, um mundo que não é o nosso.