sábado, 23 de julho de 2011

Os filhos deste solo:Conheça a história de Dona Cleonice de Oliveira

Escrito por: Kleber Henrique
Todos da cidade a conhecia dos tempos de professora e por ser filha do cidadão mais velho e dos mais sábios do lugar, mas no fins do ano de 1990 ela estava de volta a sua terra, agora com novas propostas, desta vez, ligada às questões da fé – era o movimento cristão da renovação carismática (RCC).

As reuniões começaram no terraço da grande casa de varanda da rua Coronel Henrique e ia gente de todas as classes e problemas sociais, as discussões partiam sempre de um eixo: “a fé é ação e é preciso ver a presença de Deus no outro”. Naquele mesmo ano, aconteceu naquela rua um natal nunca visto antes por aqui, um natal, onde as ceias individuais com suas mesas fartas e belas roupas cederam lugar para um natal de rua, com os pobres, onde todos deram o melhor de si. Poucos anos depois aquele movimento iniciado poderia tomar dimensões indesejadas pela inveja de muitos e tentaram dissolve-lo, mas a mensagem daquele momento ficou clara para todos até mim que com apenas dez anos, vestido de rei mago entendi que “todos podem e devem fazer sua parte”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Acusado de participar de homicídio é absolvido em São Vicente Férre

Em júri realizado nesta quarta-feira (20) e presidido pelo juiz Artur Gustavo do Nascimento, titular de São Vicente Férrer, o lavrador José Luis Galvão foi absolvido pelo corpo de jurados. Ele era acusado de, juntamente com seu irmão José Roque Galvão, assassinar Maria Reis, com um tiro na barriga. O crime aconteceu em agosto de 2000.

De acordo com informações da denúncia do Ministério Público, os irmãos estavam em uma festa na localidade Genipapo, povoado de São Vicente Férrer. De repente, em meio a uma briga, os acusados ameaçaram atirar em um irmão de Maria Reis.

Ela, desesperada, abraçou-se a José Roque, quando foi atingida na barriga. Segundo o MP, a participação de José Luis foi não deixar que as pessoas desarmassem seu irmão, já falecido. No julgamento, o Conselho de Sentença, por maioria, resolveu absolver José Luis.

Este foi o quarto Tribunal do Júri instalado pelo juiz Artur Gustavo, dando continuidade à série de oito julgamentos. Os outros estão previstos para acontecer nos dias 18, 19 e 26 de outubro, e no dia 19 de novembro.
(Ascom/CGJ)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Chuvas provocam paralisação de abastecimento

As fortes chuvas registradas no último final de semana, paralisaram o funcionamento de sistemas da Compesa, localizados na Mata Norte do Estado. Ao todo, seis localidades tiveram o abastecimento de água suspenso pela companhia. Até o momento, apenas São Vicente Férrer, onde um trecho de aproximadamente 120 metros da adutora de água bruta foi destruído devido a enxurrada, teve a distribuição de água retomada. Continuam sem abastecimento: Ferreiros, Camutanga, Condado, Aliança e Itaquitinga.

Em Aliança, a estação elevatória do Riacho Siriji está completamente inundada, em Baraúnas está parcialmente alagada. A previsão da Compesa é restabelecer o funcionamento de uma das duas unidades em 24 horas. Também em Aliança, duas tubulações foram destruídas pela força das águas. A expectativa é que o sistema volte a operar em 48 horas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os filhos deste solo:Conheça a história de João Neponuceno

Escrito por: Kleber Henrique
Era fácil ver aquela figura baixinha, cabelos brancos, roupa bem engomada, no anexo da prefeitura velha, entre livros antigos do arquivo, a bandeira nacional e uma velha máquina de datilografia, mandar rapazes da zona rural voltar para casa para botar uma calça comprida e só assim fazer o alistamento militar: - Pode voltar pra casa e botar uma roupa!

- Mas seu João, eu sou de Cana Brava!
As colegas de trabalho diziam: - João, deixa só essa vez, o coitado, voltar aquilo tudinho.
- Não, num tem conversa não! É por isso que esse país não anda!
Era um funcionário corretíssimo, querido pelos colegas de trabalho que o chamavam carinhosamente de “bagaço”. Era uma figura tão doce, que quando eu era criança me perguntava: - E aí, vai passar nos estudos?

- Acho que vou seu João.
- Se passar, no fim do ano venha aqui que eu lhe dou uma garrafa de cocada.
E eu, inocente ia, mas a garrafa ficava sempre para o outro ano e se passasse de novo na escola, só depois é que percebi que cocada não se vende em garrafas, mas estudo é para sempre.